sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Indústrias elétrica e eletrônica temem concorrência de produtos chineses

O setor de indústrias elétricas e eletrônicas vai pedir ainda nesta quarta-feira (19/1) ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, medidas compensatórias para enfrentar a valorização do real. Representantes do setor têm reunião com o ministro no final da tarde. Entre as propostas estão o aumento dos impostos de importação de produtos eletrônicos e a desoneração fiscal nas folhas de pagamento para as indústrias do setor.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, o Brasil tem que aumentar os impostos de importação para barrar a entrada de produtos chineses no país. “A China usa a moeda desvalorizada como mecanismo de competitividade, então temos que tomar alguma medida”. Segundo ele, o país usa a alíquota de 12% para taxar os importados, bem abaixo do permitido pela Organização Mundial do Comércio (OMC), que é de até 35%.

A outra medida proposta pela Abinee pretende diminuir o custo da mão de obra para o setor, que Humberto Barbato considera muito alto. De acordo ele, a desoneração fiscal nas folhas de pagamento seria feita de acordo com a proporção das exportações das empresas. As indústrias elétricas e eletrônicas vão pedir que esses mecanismos de defesa comercial sejam adotados com rapidez.

No setor de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica (GTD), as exportações 2010 devem fechar em números proximos a US$740 milhões, o que representará uma retração de 12% frente a 2009. O número também fica bastante abaixo das vendas externas de 2008, que somaram US$865 milhões. Já as importações no setor podem alcançar US$491 milhões, montante próximo dos US$493 milhões de 2009 e dos US$498 milhões somados em 2008.


Fonte:Jornal da Energia